A Jornada do Café na Vinícola Guaspari: Do Grão à Xícara

A Vinícola Guaspari, além de produzir vinhos premiados, também se destaca na produção de cafés especiais. E para ajudar…

Jornada café Guaspari

A Vinícola Guaspari, além de produzir vinhos premiados, também se destaca na produção de cafés especiais. E para ajudar a entender melhor os processos que envolvem a jornada do café, convidamos Rafael Scaramussa, um dos responsáveis pela produção de café na vinícola. 

Na entrevista que aconteceu em meados de junho de 2024, o agrônomo nos guiou através da jornada do café na vinícola, desde a preparação e plantação até a torra final. Acompanhe agora todas as informações e curiosidades sobre esse processo.

Preparação e plantação – o início da jornada do café

A jornada do café na Vinícola Guaspari começa com a escolha da área de plantio, favorecidos pelas altitudes de até 1.800 metros, que ajuda no processo de maturação homogênea dos grãos. Além disso, o solo granítico, com 50% de argila e 50% de areia, ou seja, um solo bem drenado, favorece o desenvolvimento das plantas.

Após a plantação, o café leva em média de dois a três anos para produzir, fato que ocorre com a floração da planta que, geralmente, acontece entre setembro e outubro. 

Importante lembrar também que, tanto na preparação como na plantação, é preciso haver um manejo cuidadoso para garantir a qualidade dos frutos desde o início.

1.1. Cuidados na floração

Como já dito, a floração do café na Vinícola Guaspari geralmente ocorre entre setembro e outubro. E esse período é crucial, pois o clima ameno interfere diretamente na maturação dos frutos. Por isso, a irrigação e adubação correta são diferenciais necessários para uma maturação homogênea.

A importância da maturação correta é que, como Rafael explicou, uma floração adiantada pode resultar em uma maturação heterogênea dos grãos. Fato que interfere diretamente na qualidade comprometida do café.

1.2. Clima ideal 

O clima médio, com temperaturas entre 18º e 22ºC, desempenha um papel fundamental. Em Espírito Santo do Pinhal, por exemplo, acontecem dias quentes e noites mais frescas, e isso é um dos fatores que proporciona uma maturação homogênea aos grãos.

A importância do clima está intimamente ligada com a qualidade dos grãos. Embora o manejo e a irrigação possam ser adaptados de acordo com  a produção e de acordo com os diferentes tipos de solo e clima, a combinação ideal de ambos (solo e clima) contribui significativamente para a qualidade do café.

2. Secagem

A colheita do café na Vinícola Guaspari começa normalmente em junho, mas condições climáticas atípicas podem adiantar o processo. Rafael explicou que, a depender da área do plantio, a colheita é feita de modo manual ou mecanizada. 

Depois  da colheita, os grãos passam por um lavador de café, responsável pela separação inicial por densidade. Nesse processo os grãos verdes afundam, os grãos cerejas ficam no meio, e os bóias (grãos secos) flutuam. 

A secagem acontece em terreiros, onde constantemente é preciso virar e  revolver os grãos, para garantir uma secagem uniforme. O processo de secagem é essencial para manter a qualidade dos grãos do café, e o tempo necessário pode variar de três dias a duas semanas, dependendo do clima.

3. Torra

Após a secagem, na etapa final, é hora de classificar e preparar os grãos secos para a torra. É preciso ainda conduzir a torra com precisão para realçar os sabores e aromas únicos de cada lote. É esse processo que resulta em uma bebida rica e complexa que reflete todo o cuidado investido desde a plantação.

Após a secagem, é preciso então armazenar os grãos e passa-los por uma classificação e beneficiamento. Rafael explica que a Vinícola Guaspari realiza provas para determinar a qualidade dos grãos e separá-los em micro lotes ou commodities.  Desse modo, usa-se os grãos de alta qualidade para blends especiais, como o premiado blend Arara e Obatã. 

4. A jornada do café na Vinícola Guaspari

Como vimos, a Vinícola Guaspari aplica um cuidado meticuloso em cada etapa da produção de café, desde a escolha do terreno e variedades até o manejo pós-colheita.  O resultado é um café especial que destaca a região e a vinícola como produtores de excelência. Além disso, a dedicação da equipe é também um diferencial que reflete na qualidade do produto final. 


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