Mitos e verdades sobre o azeite
O azeite de oliva, extraído do fruto da oliveira, é um dos alimentos mais antigos e valorizados no mundo,…
O azeite de oliva, extraído do fruto da oliveira, é um dos alimentos mais antigos e valorizados no mundo, sendo parte integrante da dieta mediterrânea, conhecida por seus benefícios à saúde. No entanto, ao mesmo tempo em que este precioso ingrediente ganha fama, muitos mitos e verdades sobre o azeite ganham espaço e acabam confundindo os consumidores. Portanto, este artigo tem como objetivo desmistificar algumas crenças, oferecendo uma visão clara sobre os diferentes tipos de azeite, suas qualidades e os processos de produção.
Neste artigo você vai ver
- 1 Quais são os diferentes tipos de azeite
- 2 Mitos e verdades sobre o azeite
- 2.1 Mito 1: Azeite não pode ser utilizado para fritar
- 2.2 Mito 2: Quanto menor a acidez, melhor o azeite
- 2.3 Mito 3: A cor do azeite indica sua qualidade
- 2.4 Mito 4: Azeite deve ser armazenado na geladeira
- 2.5 Mito 5: O Brasil não produz azeite de qualidade
- 2.6 Verdade 1: Azeite de oliva é rico em antioxidantes
- 2.7 Verdade 2: Pode reduzir o risco de doenças cardíacas
- 2.8 Verdade 3: O azeite pode ajudar a controlar o colesterol
- 2.9 Verdade 4: Azeite em garrafa escura preserva a qualidade
- 2.10 Verdade 5: Azeite deve ser consumido jovem
- 3 Os benefícios do azeite para a saúde
- 4 Processo de produção dos azeites
- 5 Conclusão
Quais são os diferentes tipos de azeite
No universo do azeite, existe uma variedade de tipos, cada um com suas características únicas que influenciam o sabor, a qualidade e os usos na culinária. Conhecer essas categorias pode ajudar na escolha do melhor azeite para cada necessidade e aplicação culinária.
Entre os principais tipos, podemos destacar:
Azeite extravirgem
Considera-se o azeite extravirgem como o de maior qualidade. Com extração a frio e sem o uso de produtos químicos, obtemos o óleo a partir da primeira prensagem das azeitonas, preservando, assim, seus compostos antioxidantes e anti-inflamatórios. Sua acidez não ultrapassa 0,8% e possui sabor e aroma frutados. Ideal para saladas, grelhados, finalização de pratos.
Azeite virgem
Da mesma forma que o extravirgem, obtém-se o azeite virgem sem a utilização de calor, contudo, sua produção acontece a partir da segunda ou terceira prensagem das azeitonas. A principal diferença está então na acidez, que é um pouco maior, entre 0,8% e 2%, e na intensidade do sabor e aroma, que têm menor acentuação em comparação ao azeite extravirgem. Versátil, podemos utilizá-lo tanto para consumo cru quanto para cozimentos leves e refogados.
Azeite de oliva comum
O azeite de oliva comum é uma mistura de azeite refinado e azeite virgem. O processo de refinação remove impurezas e corrige defeitos do azeite, mas também elimina alguns compostos benéficos e altera o sabor. Geralmente possui uma acidez um pouco mais alta, em torno de 2% a 3%.
Azeite refinado
Diferente dos azeites extravirgem e virgem, o refinado passa por processos de aquecimento e refinamento químico que podem causar perda de aroma, sabor e nutrientes, sendo assim, um alimento de qualidade inferior. Porém, vale dizer que ele não faz mal à saúde.
Mitos e verdades sobre o azeite
A popularidade do azeite trouxe junto uma série de mitos que, muitas vezes, confundem os consumidores. Vamos abordar os mais comuns para esclarecer o que é mito e o que é verdade.
Mito 1: Azeite não pode ser utilizado para fritar
Um dos mitos mais persistentes é o de que o azeite de oliva não pode ser usado para frituras. Isso não é verdade. Na verdade, o ponto de fumaça do azeite extravirgem está em torno de 190-220°C, o que é suficiente para a maioria das frituras. O que acontece é que ele pode perder um pouco de aroma e sabor quando aquecido.
Mito 2: Quanto menor a acidez, melhor o azeite
Este é um engano comum. A acidez, medida em ácido oleico, indica a maturidade da azeitona. Níveis baixos (até 0,8%) caracterizam o azeite extravirgem, mas valores entre 0,8% e 2% também podem indicar azeites de alta qualidade. Assim, a acidez é apenas um dos parâmetros de qualidade, e não sua única determinante.
Mito 3: A cor do azeite indica sua qualidade
Outro equívoco comum é de que a cor do azeite indica sua qualidade. A coloração do azeite de oliva pode variar do verde ao dourado, dependendo do grau de maturação das azeitonas. Na realidade, a cor indica a concentração de clorofila ou de caroteno, substâncias presentes na pele da azeitona. Quanto mais verde, maior é a concentração de clorofila, e quanto mais maduro o fruto, maior é a concentração de caroteno.
Mito 4: Azeite deve ser armazenado na geladeira
Guardar o azeite na geladeira pode causar a solidificação dos ácidos graxos, tornando-o turvo e difícil de usar. O melhor é armazená-lo em local fresco e escuro, como um armário, longe da luz e do calor, para preservar sua qualidade.
Mito 5: O Brasil não produz azeite de qualidade
Com sua vasta extensão territorial, bem como a diversidade de clima, existem regiões no Brasil onde as oliveiras se desenvolvem muito bem, dando origem a frutos de alta qualidade. Nos últimos anos, a produção de azeite no Brasil tem crescido significativamente, especialmente em regiões como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo, inclusive com produtos premiados em competições internacionais.
Verdade 1: Azeite de oliva é rico em antioxidantes
O azeite de oliva, especialmente o extravirgem, é rico em antioxidantes, como a vitamina E e os polifenóis. Esses compostos ajudam a combater os radicais livres no organismo, reduzindo o risco de doenças crônicas e inflamações.
Verdade 2: Pode reduzir o risco de doenças cardíacas
Diversos estudos científicos comprovam que o consumo regular de azeite de oliva pode reduzir o risco de doenças cardíacas. Os ácidos graxos monoinsaturados ajudam a melhorar os níveis de colesterol e a função vascular.
Verdade 3: O azeite pode ajudar a controlar o colesterol
Estudos demonstram que o consumo regular de azeite extravirgem pode ajudar a reduzir os níveis de colesterol LDL (ruim) e aumentar o colesterol HDL (bom). Isso se deve ao alto teor de ácidos graxos monoinsaturados presentes no azeite.
Verdade 4: Azeite em garrafa escura preserva a qualidade
A garrafa escura protege o azeite da luz, tanto solar quanto artificial, prevenindo a oxidação e garantindo a preservação de suas propriedades benéficas à saúde e de qualidade de aromas e sabor.
Verdade 5: Azeite deve ser consumido jovem
O azeite de oliva deve ser consumido fresco, a fim de se aproveitar todas as propriedades benéficas encontradas no produto. Diferente do que muitas pessoas acreditam, o azeite possui data de validade, porém ele não estraga, apenas oxida. Com o tempo, ele pode perder suas características e as propriedades benéficas. Assim, após a abertura da garrafa, o ideal é consumir o azeite em até 60 dias.
Os benefícios do azeite para a saúde
O azeite é amplamente reconhecido por seus benefícios para a saúde, especialmente quando consumido como parte de uma dieta balanceada. Aqui estão alguns dos principais benefícios:
- Controle do diabetes: estudos indicam que o azeite de oliva pode ajudar a melhorar a sensibilidade à insulina, o que auxilia no controle do diabetes tipo 2.
- Propriedades anti-inflamatórias: os polifenóis presentes no azeite têm propriedades anti-inflamatórias que podem ajudar a reduzir a inflamação em condições como artrite.
- Saúde digestiva: o azeite de oliva pode melhorar a saúde do trato gastrointestinal e ajudando na absorção de nutrientes. Ele também pode ter um efeito protetor contra úlceras e gastrite.
- Saúde cardiovascular: o azeite ajuda a melhorar a saúde do coração, reduzindo os níveis de colesterol LDL e aumentando o HDL. Seu efeito anti-inflamatório também contribui para a prevenção de doenças cardiovasculares.
- Propriedades antioxidantes: os antioxidantes presentes no azeite ajudam a combater os radicais livres, protegendo as células contra danos e envelhecimento precoce. Eles também têm um papel na prevenção de doenças crônicas.
Processo de produção dos azeites
A produção do azeite envolve várias etapas, desde a colheita das azeitonas até o envase do produto final. Cada tipo de azeite passa por processos específicos que influenciam na sua qualidade e características.
Azeite extravirgem
O azeite extravirgem é produzido a partir da prensagem mecânica das azeitonas, sem a utilização de calor ou produtos químicos. As azeitonas passam por colheita manual ou por máquinas, lavagem e trituração em uma pasta. Em seguida, essa pasta vai para uma prensa ou centrífuga para extrair o óleo em um processo a frio, que preserva os compostos benéficos. Há então a decantação e a filtragem do óleo para remover impurezas, resultando em um produto de alta qualidade com baixa acidez.
Azeite virgem
O processo de produção do azeite virgem se assemelha ao do extravirgem, com a diferença de que ele pode ter uma acidez um pouco maior e menor intensidade de sabor. As azeitonas também passam pela trituração e prensa a frio, mas a seleção pode incluir frutos com pequenas imperfeições. Ainda assim, não envolve refinação química, preservando boa parte dos compostos benéficos presentes no azeite.
Azeite de oliva comum
O azeite de oliva comum é produzido a partir da mistura de azeite refinado com azeite virgem. O processo de refinação envolve o uso de calor e produtos químicos para remover impurezas e defeitos sensoriais do azeite, o que pode diminuir o conteúdo de antioxidantes e compostos fenólicos, resultando em um azeite com sabor e aroma mais neutros. Após refinar, o azeite é misturado com azeite virgem para melhorar seu perfil sensorial.
Conclusão
O azeite de oliva é um ingrediente versátil e benéfico, cuja popularidade tem justificação por seus inúmeros benefícios à saúde e aos usos culinários. Por isso, entender os mitos e verdades sobre o azeite, seus tipos e variedades, pode ajudar os consumidores a fazerem escolhas informadas, aproveitando ao máximo este valioso alimento.